Estou com frio, não sei ainda, se gosto deste lugar.
As vezes me pergunto, porque resolvi me aventurar?
Aí então me lembro do fim de mundo que eu vivia.
Eu precisava crescer, precisava viver, só não contava com a nostalgia.
Minha família, meu lar.
E meu pai resolve atuar...
Não sabia de nada, ainda estava frio, minhas amigas tinham me esquecido por horas.
E escolhida a dedo, fui cobaia. De jovens, crianças, cantores, humoristas e até senhoras.
A frase sem efeito, atingiu mais quilômetros por hora do que uma bomba nuclear.
Atravessou barreiras, barrancos, Oiapoque, Chuí, fronteiras, favelas, hotéis de luxo, SHOWS, cinema, Acre, as ondas do mar...
Foi muito longe, na velocidade da luz.
Minhas amigas me ligando, meu pai sem jeito, a mídia em peso... Fizeram minha cruz.
-Mas peraí, e o intercâmbio?! E a escola?!
-Esquece tudo, Lu, vem logo pra casa. Não enrola!
As malas, as ligações, a internet, meu nome. Tudo junto, bombardeando minha mente.
Meu pai não se sente culpado, ora. Só lembrou de mim, que estava fora.
Se eu tivesse naquela filmagem, onde vocês estariam agora?
Quem seria essa menina tão importante, que seu nome é reconhecido em qualquer circunstancia?
Desculpa, mas eu não entendi. Porque tanta piada em abundancia?
E tem mais, a pergunta que não quer calar... Quando eu chegar ao Brasil, onde vai estar a graça?
Deixa eu ir bem ali, rapidinho. Colocar a mão na massa.
Porque enquanto isso,
Eu ainda estou aqui.
17 anos, um intercâmbio, um comercial, um nome, um país.
Você perdeu tempo com isso, menos a Luíza que está no Canadá.
Pai da Luíza. - Obs.: A Luíza é a menina da foto da direita.




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