Você consegue se imaginar, sentado por horas, mantendo os olhos fixos, pálpebras lentas, coluna ereta, silêncio absoluto, com incalculáveis pensamentos transitando sua mente e defronte de um quadro com uma pintura abstrata?
Se sim, a situação descrita acima, encaixaria-se no gênero lazer ou tortura? Você praticaria um programa desses, com que frequência? Acompanhado ou sozinho? 
Se não, já tentou pelo menos alguma vez, visitar locais iguais ou afins ao citado? 
A arte, adquiriu uma representação social, perante principalmente aos jovens, muito arcaica. Praticamente, obsoleta. Cuja representação, apesar de estar totalmente desformada, é contraditória pois, o avanço da tecnologia e a evolução humana, implicam no desenvolvimento da arte.
E se hoje, sentar-se durante horas, tentando desvendar uma pintura, ou escultura, é "desinteressante" na sociedade atual, então, é necessário salientar que existe uma arte adaptada, "informatizada".
Praticar a arte, é muito mais do que gostar de peças de Shakespeare, das sinfonias de Beethoven ou dos quadros de Da Vinci... É além... É mais... É olhar. A arte é a linguagem da cultura humana. São os registros, ou a tentativa de registrar, sentimentos. É uma conversa, muda, de vários assuntos, inquestionáveis, com uma única consequência premeditada: a satisfação mútua.
E não tem segredo, muito menos tutorial. É simples como respirar e involuntário como pensar... Pratica-se a arte ao olhar. Basta olhar. Criança, jovem, adulto, idoso, surdo, mudo ou cego, só precisa olhar. Não necessariamente com o uso dos olhos. Não necessariamente o olhar dos olhos.
Por olhar, tento dizer, a leitura individual que você deve fazer, daquele ser artístico. Seja ele uma música, uma fotografia, uma peça, um filme, uma pintura e até muitos riscos, aparentemente, desgovernados, assimétricos, visualmente confuso ou supostamente "estranho". Praticar a arte, é olhar sem os olhos e ler sem as palavras. Agregar sentimentos que, talvez, só você esteja sentindo nesse momento, ou, quem sabe, só hoje. É dar um sentido, para o que está diante de você. Pratique a arte, completando o ciclo artístico, que começa na inspiração do autor e se efetiva nos  pensamentos do observador.
Arrisque então, trocar de papel, ora artista ora observador. Escolha a sua arte, e produza... Produza bastante. Compartilhe sua produção, mesmo que pareça, veja bem, "pa-re-ça" não estar "tão boa". E não esqueça de apreciar... Aprecie a arte que te rodeia. E, sim, tem arte até no google! E com toda certeza, deveras ter arte em sua cidade.
Movimente-se, "culture-se". 
E que, repito, sentar-se durante horas diante de uma pintura, seja, cada vez mais, interessante. E que, convites para programas parecidos com este, sejam frequentes... Sejam aceitos... Evite ausentar-se da arte. Vamos redefinir esse conceito, "tedioso", que associaram ao termo. Pratique arte, seja arte, faça parte! Escolha a sua arte...
Bem, eu?
Já escolhi a minha!
Black and violet - Wassily Kandinsky



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